O tempo seca a beleza.
seca o amor, seca as palavras.
Deixa tudo solto, leve,
desunido para sempre
como as areias nas águas.
O tempo seca a saudade,
seca as lembranças e as lágrimas.
Deixa algum retrato, apenas,
vagando seco e vazio
como estas conchas das praias.
O tempo seca o desejo
e suas velhas batalhas.
Seca o frágil arabesco,
vestígio do musgo humano,
na densa turfa mortuária.
Esperarei pelo tempo
com suas conquistas áridas.
Esperarei que te seque,
não na terra, Amor-Perfeito,
num tempo depois das almas.
Cecília Meireles (Poetisa brasileira, 1901-1964)
Categorias: Amor, Autores do Brasil, Cecília Meireles
Publicado por Susana B. às 15:22 7 Comentários
O poema é dedicado aos meus caros amigos Manuel Marques e Rosa que não desistiram, mesmo quando o musgo persistia...
domingo, 5 de julho de 2009
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6 comentários:
A felicidade de um amiga(o) deleita-me, enriquece-me.
Beijo querida amiga.
Obrigada querido Amigo!A sua presença é que me enriquece. E muito.
Nani, traz uma mala ou saco ou assim... há umas cenas (cenas curtidas) para levares. Vem! No outro fim-de -semana o mais certo é... bazar!
Beijo
Sono... vou nanar
R
Olá Rosinha! Que bom ver-te por aqui...
Talvez vá este fim de semana.
Acho que não é talvez. VOu mesmo. Com cenas ou sem cenas. Ainda queria aprender tanto contigo. Preciso falr tanto contigo. Tenho muitas saudades tuas...
Até sexta. Beijo grande.
John garantiu-me hoje
que virias
vem mesmo!
Vou.
Estava a tentar copiar um hino ao mar e à praia mas a ligação foi ao ar...
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